Os erros de pensamentos, tecnicamente chamados de distorções cognitivas, são formas distorcidas e inconscientes de uma pessoa enxergar a realidade. Eles estão associados a comportamentos e emoções disfuncionais (negativos e exagerados), que acabam sabotando o desempenho da pessoa. Seguem alguns tipos para facilitar a sua identificação:
- Abstração seletiva (filtro mental): chega-se a uma conclusão depois de examinar apenas uma pequena porção das informações disponíveis. Os dados importantes são descartados ou ignorados, a fim de confirmar a visão tendenciosa que a pessoa tem da situação.
- Inferência arbitrária: chega-se a uma conclusão a partir de evidências contraditórias ou na ausência de evidências.
- Catastrofização: pensar que o pior de uma situação irá acontecer, sem levar em conta a possibilidade de outros desfechos.
- Raciocínio emocional (emocionalização): presumir que sentimentos são fatos.
- Supergeneralização: chega-se a uma conclusão sobre um acontecimento isolado e, então, a conclusão é estendida de maneira ilógica a amplas áreas do funcionamento.
- Maximização e minimização: a relevância de um atributo, evento ou sensação e exagerada ou minimizada.
- Personalização: eventos externos são relacionados a si próprio quando há pouco ou nenhum fundamento para isso. Assume-se responsabilidade excessiva ou culpa por eventos negativos.
- Pensamento absolutista (polarização, dicotômico ou tudo-ou-nada): os julgamentos sobre si mesmo, as experiências pessoais ou com os outros são separados em duas categorias).
- Imperativos: deveria e tenho que.
- Questionalização: e se … Focar o evento naquilo que poderia ter sido e não foi.
- Leitura mental: presumir, se evidências, que sabe o que os outros estão pensando, desconsiderando outras hipóteses possíveis.
- Vitimização: considerar-se injustiçada ou não entendida.
- Desqualificação do positivo: experiências positivas e qualidades que conflituam com a visão negativa são desvalorizadas porque “não contam”.