O termo resiliência advém da Física onde descreve a capacidade de um material sofrer um impacto e voltar ao seu estado original sem deformar-se. Desta forma o plástico seria altamente resiliente e o cristal pouco. Da forma que o termo é aplicado em Saúde Mental infantil, entende-se por crianças e adolescentes resilientes aqueles capazes de superar as adversidades de todas as ordens, genéticas, biológicas, psicológicas, socioeconômicas e ambientais, além dos eventos negativos da vida (abusos, violência, desnutrição, etc.), não se deformarem e evoluírem para desfechos positivos.
Algumas características da criança resiliente:
- a) é uma criança flexível, sensível e atenciosa, capaz de demonstrar suas emoções, se comunica bem e, em dificuldades, é capaz de usar o bom humor;
- b) tem competência para resolver problemas, pensa de forma crítica e elabora alternativas, buscando soluções para suas necessidades;
- c) quando não consegue encontrar uma solução, busca ajuda;
- d) tem um forte senso de identidade e autoestima positiva, mostra independência e autocontrole;
- e) tem propósitos com confiança no futuro, propõe-se metas realistas, tem aspirações educacionais elevadas, é persistente, esforçada, otimista e vê o futuro com oportunidades e sucesso.
- f) lida melhor com o estresse, a pressão e os desafios da vida diária;
- g) tolera melhor suas frustrações;
- h) consegue superar as adversidades e traumas;
- i) estabelece objetivos claros e reais;
- j) se relaciona bem com os outros;
- k) sabe respeitar os outros e a si próprio.
Orientações para educar nossos filhos para a resiliência:
1) seja empático e o ensine a ser também,
2) comunique-se bem e saiba escutar seus filhos,
3) controle sua impulsividade,
4) seja firme mas educado nas broncas,
5) mude padrões negativos e tenha influência positiva,
6) expresse seu amor de forma que eles sintam isso,
7) aceite seu filho pelo que ele é,
8) ajude-o a estabelecer objetivos realísticos,
9) dê espaço para seu filho ter sucesso,
10) transforme os erros em momentos de aprendizado e reflexão,
ensine seu filho a resolver problemas e tomar decisões,
11) discipline de forma a promover autodisciplina e amor-próprio e,
12) crie oportunidades para a criança apreender a ser compreensivo, responsável e ter consciência social.