O que motiva um pai a trazer seu filho para terapia?
Muitas crianças manifestam os tipos de comportamento que indicam haver alguma coisa errada. Todavia, a maior parte dos pais hesita antes de pedir ajuda. Penso que a maioria dos pais preferiria não acreditar que seu filho tem problemas que possam necessitar de ajuda profissional. É sempre mais fácil pensar que é só uma fase e que vai passar logo.
Mas, como diz o ditado, onde há fumaça, há fogo.
As crianças em geral mostram sua angústia mais clara e facilmente através de seus comportamentos e falas. Portanto, se você está desconfiado que seu filho anda muito diferente do normal, com problemas de relacionamento na família e na escola, além de um baixo rendimento escolar, o melhor a fazer é procurar um profissional. Existem dois tipos principais de terapeutas de crianças e adolescentes: psiquiatra e psicólogo. Ambos compartilham algumas habilidades e treinamento, mas cada um tem um modo específico de trabalhar. Se você não conhecer nenhum, certamente o serviço de orientação da escola de seu filho ou o pediatra dele lhe indicará alguns nomes de confiança, com os quais já têm experiência.
Marcando uma consulta inicial, você e seu cônjuge serão ouvidos e o psicólogo irá levar em conta a duração do problema, se já houve algum tipo de intervenção, o quão sério é o problema, se o problema está interferindo no desempenho escolar, na convivência familiar e social, além de verificar se o problema é próprio da idade. Detectada uma dificuldade em potencial, serão realizadas algumas sessões somente com a criança no sentido de aprofundar no conhecimento da mesma nas áreas intelectual, psicomotora, escolar e emocional. Ao final deste processo os pais serão chamados novamente para saber quais as recomendações do psicólogo e se há ou não necessidade de uma intervenção terapêutica.
Não fique constrangido ao “escolher” um terapeuta. Faça muitas perguntas a fim de descobrir se você e seu filho ficarão à vontade com um determinado profissional. Procure saber da formação dele, da sua linha de trabalho, da possível duração do tratamento e tudo o mais que estiver lhe preocupando. Pois só assim você poderá ajudar o terapeuta a ajudar seu filho.